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Desenlace - André Vieira

  • Foto do escritor: André Vieira
    André Vieira
  • 27 de jan. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 10 de jul. de 2020

\\ CRÔNICAS


La femme et l'enfant, Fernand Léger


Caso queira entender do que se trata essa seção de"PEDANTISMO", sugiro que entre aqui.


Nem quando, nem onde, nem no desértico deserto nem no oásis extraviado de sonhos estrangeiros de mil e uma noites: só aqui no hoje-agora-vou, posso me-lhes desculpar, me redimir, me retratar pela minha ausência latente e minha presença contígua que pingam nessas páginas vazias e nesses documentos eletrônicos silenciosos, que assustam Caramelo enquanto ele dorme aos meus pés à espera de carinho e aconchego maior de seu frustrado dono de livros empoeirados e safras de chá esquecidas — algumas antes do próprio descobrimento do nascimento de Cristo ou a cruzada surrealista do Profeta a Meca.


Em verdade, venho aqui, neste espaço que acabou se tornando minha terapia nas últimas semanas — isto é quando ele faz-se, e não me tomo por vencido pela preguiça invencível ou, quem sabe, pelo temível bloqueio criativo que assola-nos todos —, bandear minha cachola de plumitivo fajuto e meus olhos de disléxico terrível e talvez cogitar, quem sabe, em tornar este “pedantismo “ de todas as manhãs — que de fato, só o foi durante uma semana ou nem isso — em algo próprio da natureza vespertina... Dos longos cafés de escritórios, do forte florescer da arte do protelar, do desenvolver altivo, para não dizer divino, da técnica ancestral do alt + tab a fim de manter os olhos vidrados em três atividades simultâneas e produzir, assim, simultaneamente três porcarias ao mesmo tempo — o trabalho da empresa, o trabalho que você faz por fora, na cara do chefe, e os intermináveis papeados com contatinhos e tias do Zap-Zap que insistem em mandar figurinhas de bom-dia, embora já sejam três e meia da tarde....


(Finalmente....) Toda essa encheção de linguiça besta para chegarmos a um pedido de desculpas e um questionamento sobre o fluxo dos textos que poderia, muito bem, ser resumido em algumas linhas: Me perdoem por vacilar com vocês constantemente, eu sou um inócuo ignoto e blá...blá....blá, et cétera e tal ad infinito; agora, vocês se incomodariam qu’eu postasse essas bagaça’ todo dia no horário da tarde, hora que nem o chefe nem se importa mais em ser ludibriado?


Aceitas as desculpas — sobretudo para mim mesmo que se fica cobrando a troco de figos pobres e bananas estragadas — e cogitada a possibilidade de mexer no segundo vocábulo do título deste site e postergá-lo para o período da tarde, tornando-se assim “Pedantismo Vespertino”, acho que não me resta mais nada a lhes dizer a não ser, talvez, obrigado pela confiança e pelo saco-de-Jó por aguentar esta seção capenga de muxoxos e cochichos dum homem que só atormenta o santo e doura a pílula....


E por, fim, como não poderia ser-lhes diferente, peço escusas do tamanho do globo que Atlas foi condenado a segurar pelo restos dos seus dias — e por ser imortal, vai ficar ali até o último Bolsonaro, o zero 05, ser eleito presidente da República — pelo inúmeros hai-cais, cartas, textos, e outras divagações menores que nossos colaboradores poetas têm nos mandado via e-mail e sinais de fumaça, mas eu, ainda desgostoso com a proatividade, continuo guardando tudo em gavetas cada vez menores.... (Sórri, mes amis...)


E agora, sem mais delongas mais o hai-cai que pus junto hoje. Espero que gostem.


Desenlace

Abraço contíguo:

Passagem cuja coragem

Colapso contigo


André Vieira




(Créditos foto capa: Le Petit Déjeuner, Juan Gris)



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