top of page
Últimas: Blog2

Soneto da Ressaca Eterna

  • Foto do escritor: Frentes Versos
    Frentes Versos
  • 11 de ago. de 2019
  • 1 min de leitura

Atualizado: 13 de mai. de 2020

\\ POEMÁRIO


Por Xico Sá*, Especial para Frente & Versos


Aqui jaz, oh generosos vermes Sem mais nem menos, sem trégua, Se nada foi dentro dos conformes Faz favor, seu garçom, passa a régua.


Adeus carcaça de estragos épicos À Velha da Foice, minha deferência, Adeus amores, oh sussurros líricos Prevariquei, mil perdões, paciência.


Assim me despeço, oh ressaca eterna, Sob a luz derradeira da aguardente E o gemido final dos umbrais na caverna


Alma vendida na barca de Gil Vicente Deixo meu lema aos novatos da taberna: Bebi para carajo, escrevi socialmente.


*Crato, 1962

Comments


bottom of page