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Soneto da Ressaca Eterna

\\ POEMÁRIO


Por Xico Sá*, Especial para Frente & Versos


Aqui jaz, oh generosos vermes Sem mais nem menos, sem trégua, Se nada foi dentro dos conformes Faz favor, seu garçom, passa a régua.


Adeus carcaça de estragos épicos À Velha da Foice, minha deferência, Adeus amores, oh sussurros líricos Prevariquei, mil perdões, paciência.


Assim me despeço, oh ressaca eterna, Sob a luz derradeira da aguardente E o gemido final dos umbrais na caverna


Alma vendida na barca de Gil Vicente Deixo meu lema aos novatos da taberna: Bebi para carajo, escrevi socialmente.


*Crato, 1962

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