“O jornalismo vai ter que sair de cima do muro e dizer: não, nós defendemos direitos humanos e defendemos a democracia”, diz o autor
[resumo] Jornalista e escritor Chico Felitti fala sobre seus livros e o papel que o jornalismo ocupa em meio ao negacionismo e a aversão aos fatos. Felitti passou por redações importantes, como a Folha de S.Paulo, ganhou o premio Comunique-se 2018 e acaba de lançar, pela Todavia, o livro sobre a historia da seita de João de Deus.
Humberto Tozze*, colaboração para Frentes Versos
Eu sempre quis conversar com o Chico Felitti. Foi no meu primeiro ano de graduação em Jornalismo que ele escreveu a reportagem sobre Ricardo Côrrea da Silva, conhecido durante muitos anos apenas como “Fofão da Augusta”. A matéria foi publicada no portal Buzzfeed, site extremamente popular entre o público jovem pela quantidade de matérias que transitam pelos temas mais bizarros possíveis e pelo enorme - e maravilhoso - acervo de quizzes [testes].
Foi lá que li o Felitti pela primeira vez. No jornalismo é muito comum ouvir que um jornalista não deve entrevistar outro, afinal, jornalista não é um especialista. Mas e quando a conversa é sobre o ofício, sobre como fazer entrevistas e sobre a construção de perfis e biografias?
Lembro que a reportagem sobre o Ricardo foi como luz no fim do túnel dentro das possibilidades que o jornalismo trazia. Tinha um quê do Jornalismo Literário, mas também trazia elementos investigativos, já que ele ocupava um papel central para o desenrolar da narrativa. Era uma escrita despretensiosa, mas cuidadosa e muito bem-elaborada, sobre um repórter que percorre São Paulo até Araraquara para descobrir o nome de uma pessoa. Essa pessoa era o Ricardo, antes o “Fofão”, em seus 60 anos, gay e artista de rua, que morreu poucos meses após sua história viralizar e passar a ser chamado pelo verdadeiro nome. Ricardo teve uma vida absurdamente interessante, que cruza com a memória da própria cidade de São Paulo. No fim desse percurso, Chico Felitti conheceu a Vânia, que antes era conhecida como Vagner, o grande amor da vida de Ricardo. Ricardo e Vânia levam o título da obra de Chico Felitti, publicada em 2019, como um desdobramento da história que ficou conhecida no Buzzfeed.
ANOS DOURADOS. Ricardo e Vânia no início dos anos 1980 na boate Medieval, em São Paulo (foto Todavia/divulgação)
Quem conheceu o Chico por sua reportagem sobre o Ricardo, se surpreende ao ver no ano seguinte seu novo livro sobre uma das figuras mais detestadas no Brasil atual, aquele que ficou conhecido como o médium mais famoso do país, João de Deus.
João Teixeira de Faria foi condenado pelo estupro de cinco mulheres e sofreu mais de 10 denúncias pelo Ministério Público. O curandeiro, no entanto, foi acusado por mais de 500 vítimas nesses últimos anos, inclusive pela própria filha, em um levante que teve início em 2018.
Se em Ricardo e Vânia, Chico rodeia sua narrativa sobre a memória de duas pessoas, em A Casa: A história da seita de João de Deus, publicado em abril de 2020, o livro tem como foco principal a cidade de Abadiânia, como uma personagem que acompanha a chegada daquele intruso e em pouco tempo se agiganta ao abrigar a famosa Casa de Dom Inácio de Loyola, que em seu auge recebeu a visita de mais de mil pessoas por dia e foi comandada por João de Deus por mais de quatro décadas. E hoje a cidade parece minguar novamente, quase como um retorno na sua própria história. A memória parece ser um componente fundamental nas histórias que ele escreve e que não se limitam a pessoas, mas abrange também lugares - em um sentido muito mais amplo do que entendemos por memória.
Enquanto começava a escrever A Casa, Chico estava finalizando a obra em audiobook sobre Elke Georgievna Grunnupp - a Elke Maravilha, que foi atriz, modelo e permanece sendo ícone LGBTQ+. Ele conta que sua intenção era publicar uma biografia sobre Elke como conclusão do curso de jornalismo há mais de quinze anos. Disse que chegou a entrevistá-la naquele contexto e pôde aproveitar parte dos materiais para reconstruir a história de Elke.
E, finalmente, eu pude conversar com ele sobre suas obras, sobre o ofício da escrita, sobre a Covid-19 e também sobre jornalismo.
Frentes Versos - Gostaria de começar te perguntando: o que é fundamental pra você iniciar uma história?
Chico Felliti - Ah, cara, eu não tenho muito método, né, na verdade, e eu não tenho muita noção estética. Eu só tento me nortear sempre pela história. Eu acho que a história tem que ser completa, fluida e minimamente didática. Acho que o leitor precisa ler e se sentir impelido a ler além, a ler até o final, ter a maior parte das dúvidas que ele ou ela tiverem respondidas e sair do texto sabendo mais do que quando ele entrou. Então, eu acho que eu sou mais da informação do que um esteta, propriamente dito. Eu tento não ficar no caminho da informação e da história. Então eu acho que o tipo de texto que me atrai é sempre um texto fluido e claro, muito claro sempre, e fácil de ler. É isso assim, muito mais do que aquele que você vai buscando daquele jornalismo literário que escrevem lindamente. Eu acredito mais na clareza do que na beleza. Você precisa deixar os fatos falarem mais por eles só e traduzi-los da maneira mais simples e pro maior escopo que puder. Então eu trabalho muito nesse sentido do que ter um texto que seja muito burilado, ou uma referência estética.
Como você foi parar no Jornalismo? Em algumas de suas entrevistas, eu escutei você dizer que foi meio que por acaso essa escolha.
Não, fazia a menor ideia [do que queria fazer]. Foi completamente por acaso. Tudo na minha vida. O tipo de coisa que eu cobria, as empresas em que eu trabalhei. Foi tudo escorregado, quase que literalmente como no desenho de escorregar numa casca de banana e cair no lugar. Tudo foi meio assim. Eu acho que tenho uma falta de crivo, de dizer sim pra tudo e fazer muita coisa e experimentar muita coisa. E, às vezes, algumas dão certo e outras não. E é o momento que eu estou passando nos últimos anos, assim.
Gostaria de voltar um pouco no tempo e perguntar como a pauta sobre o Ricardo chegou até você, A questão do nome era o que te chamava mais atenção?
É. Era. Pra mim era a busca pelo nome. Nasceu como uma curiosidade legítima e pessoal de “tá, essa pessoa é chamada por esse apelido maldoso de ‘Fofão da Augusta’ e ninguém sabe o nome dela de verdade”. Eu achava que, talvez, fosse o começo da pauta e na verdade era o fim da pauta. Era o objetivo da pauta, uma coisa que eu achava que era uma informação essencial que teria que ser a primeira, “tá mas eu chamo do quê? Eu não vou chamar essa pessoa de Fofão porque eu sei que ele não gosta de ser chamado de Fofão.” E ele não tava em condição de responder. Então, a gente teve que descobrir por outros meios e acabou virando meio um símbolo do que é a função desse texto e a função dessa apuração. E acho que foi descobrir o nome de uma pessoa que uma cidade roubou o direito de ter. A cidade levou pra ela o direito dessa pessoa ter um nome e no final a resposta era um nome. Porque o nome tem uma coisa meio mágica, que a partir do momento que você nomeia uma coisa ela passa a existir. É isso, a partir do momento que você nomeia uma pessoa, ela passa a ser uma pessoa. Se você não nomeia, você acaba desumanizando, você tira dela algo que é essencialmente humano.
Apesar do título da obra [Ricardo e Vânia], a impressão para quem lê é que se trata, principalmente, de uma história sobre desencontros. Afinal, dentro da narrativa, em quase todos acontecimentos eles estão separados, não juntos. Como que você chegou até a Vânia?
Foi uma loucura, foi um presente gigante porque eu não tinha encontrado a Vânia durante toda a apuração do perfil do Buzzfeed. Ela tinha desaparecido, ninguém sabia inclusive que ela tinha transicionado [Vânia é uma mulher trans], as histórias eram muito desencontradas. Daí vem uma prostituta que morava em Portugal, na época, e fala “olha eu conheço a bicha de Paris” e daí eu pergunto: “A bicha de Paris é o Vagner?”. E ela fala: “É, e o Vagner é a Vânia”, aquilo foi momento de luz pra mim. Foi Natal fora de época. Daí eu comecei a falar com a Vânia e vi que a história dela é muito frondosa, é muito rica, é uma narrativa inacreditável. E nesse meio tempo nós nos conhecemos e em um mês depois o Ricardo morre. Eles se reencontram e o Ricardo morre. É um livro que tem um tempo muito próprio e parece que ele é em fast forward, parece que ele é acelerado porque aconteceu tudo muito rápido.
Por que você acha que tantas pessoas se identificaram com essa história?
Cara, eu acho que ela tem aspectos muito universais. Ela aborda vários temas que falam com muita gente, que não falam só com quem é de São Paulo e trafega pela Rua Augusta. Fala também com quem mora em Manaus, fala também com a pessoa que mora em Porto Alegre na boate, na única boate underground de Porto Alegre. Porque fala de solidão, fala sobre abandono, fala sobre amor, fala sobre a vida impessoal na grande metrópole. Acho que aborda vários pontos em que você não precisava conhecer o Ricardo pra conhecer o Ricardo. Você conhecia outros Ricardos, ou você se sentiu como Ricardo em algum momento da sua vida. Então tem muito de caracteres universais ali que entram nessa trama. Talvez, nunca vou saber, mas talvez isso tenha prendido um pouco as pessoas nesse texto.
PRETO NO BRANCO. O jornalista foto: Camila Svenson/ Divulgação)
Nas suas obras, um aspecto que chama muito atenção é o fato de você se incluir dentro delas. É algo intencional? Quando isso acontece?
Só entra como personagem ou só entra como voz quando é indispensável pra história. Quando vai fazer a história andar para frente, e era muito o caso do perfil do Ricardo porque ele não fazia sentido se eu não contasse que eu fui atrás, que eu fui para Araraquara atrás de um documento dele, sabe? Seria charlatanismo se eu dissesse que não. Fui eu que levei, eu que inclusive dirigi até Araraquara pra pegá-la. Eu precisava assumir minha responsabilidade dos atos e que eu tava interferindo na história. Então, no Ricardo e Vânia, não foi uma escolha por causa disso. Eu interferi completamente nessa história. Eu e minha mãe. Então não dava pra dar esse ar de objetividade de “estamos vendo os fatos se desenrolarem”, não. Nós estávamos desenrolando os fatos. E isso poderia ter um desfecho positivo e poderia ter um desfecho horroroso. Mas de qualquer maneira, precisávamos arcar com isso.
Parece o contrário, na verdade. Que algo que foi planejado...
Não, não. Foi, não. Mas hoje em dia eu reconheço, eu acho que eu aprendi. Que era um trauma muito de jornalão, era um trauma muito de Folha [Folha de S.Paulo], de 10 anos no jornal de: “não, não importa o quão extraordinário seja o que aconteça com você, você nunca pode escrever sobre você num texto, nunca”. Então acho que foi uma coisa que eu demorei a entender. Que, no final, pode fazer bem para apuração e pode fazer bem pra narrativa.
Isso acontece em quase toda a obra de Ricardo e Vânia, e muito pouco no A Casa.
Não queria me colocar na A Casa, não. Mas é que não sou muito dessa regra de manual de redação dos grandes meios que “Ai, não você nunca pode, o repórter nunca é personagem, você tem que ser sempre objetivo e não pode nunca aparecer” eu acho isso uma grande duma pataquada, uma grande duma mortadela. Mas acho que sim, é preciso muita parcimônia e só saber exatamente onde você tem que entrar.
Queria pegar esse gancho e te perguntar sobre seu último livro publicado. Qual era seu contato inicial com João de Deus antes de escrever sobre ele?
Nenhum. Televisão. Programa do Gugu. Vi ele no programa do Gugu na década de 90. Em uma reportagem do Fantástico também. Uma vez, meu pai quis me levar pra lá quando eu tive um problema de coração. Assim, só isso. Eu não sabia do que se tratava.
E como essa história chegou até você?
Eu estava terminando Elke [projeto de audiolivro publicado pela Storytel] quando comecei o João de Deus. É um assunto que é um vespeiro. Porque tinha acabado de acontecer. Fazia um mês que ele tinha sido denunciado no programa do Bial, que foi a grande onda de denúncias que fez ele ser preso após 40 anos cometendo crimes.
E teve alguma resistência inicial?
Tinha muito a questão do lugar de fala pra mim. Eu acho que se fosse um livro sobre os crimes sexuais, não seria um livro pra eu escrever. Então eu tinha essa resistência por saber quem eu sou e a natureza da história, por isso que eu disse “não, não quero escrever um livro sobre os crimes”. Mas quando eu cheguei em Abadiânia eu descobri que meu livro não era sobre os crimes, meu livro era sobre a cidade. E daí eu já me senti um pouco mais desenvolto, um pouco mais a vontade de “ah, tá bom, eu posso tratar bem esse assunto porque eu não vou construir meu alicerce em cima de crimes sexuais contra mulheres”. Não é um livro de denúncia de crime sexual, é um livro que conta a história da Casa de Dom Inácio de Loyola. Então, é um documento sobre um líder místico que ganhou fama mundial. E eu tento explicar como isso aconteceu. Tentando construir essa história de como esse cara semianalfabeto, foi da miséria à Oprah Winfrey, até os 400 milhões de dólares. E daí, tá, eu entendi que talvez fosse um livro pra mim e essa é a história que eu quero contar. E é uma história completamente anormal, né? Completamente sem pé nem cabeça. Essa trajetória inteira é anormal. Abadiânia é uma cidade anormal. Tudo é anormal. A bizarria da história me atrai muito. E quanto mais eu descobria que ela era bizarra, mais ela me interessava. Quando eu descobri, por exemplo, que a Gail Thackray, a ex-atriz pornô britânica, era um dos braços direito dele, aquilo falava “Sério, essa história tá ficando cada vez mais interessante”, porque ela era cada vez menos óbvia, cada vez menos simples e acho que quanto menos for simples uma história e menos ela for esperada, mais ela vai me fascinar. Acho que como toda boa história, acho que é uma coisa de uma narrativa universal, seja de ficção ou de não ficção, quanto menos esperada for a história, mais ela vai te prender. É justamente o que você não tem na sua cabeça. Você já tem inscrito na sua cabeça uma história inventada para o João de Deus para preencher o vazio que a história não tinha preenchido ainda. Então, quanto mais fugisse dessa ideia de senso comum, pra mim, melhor. Eu prefiro, eu tendo a preferir.
De todo modo, deve ser difícil conseguir falar sobre esse personagem. O que pra você mudou do começo ao fim desse percurso?
Acho que vai mudando muito, de fato. Porque quando eu comecei a pensar nesse trampo eu achava que fosse um capo di tutti capi [expressão para “o chefe de todos os chefes", em italiano], achava que era um gênio do crime no interior de Goiás que tinha um esquema superssofisticado de tudo. De lavagem de dinheiro, de crimes sexuais. E conforme eu fui apurando essa história, investigando, a coisa parecia mais frágil e mambembe e que ele era protegido por muita gente. Tinha muitas famílias, foi uma sociedade que alimentou esse monstro, não foi porque ele era um prodígio, e que ele era uma pessoa excepcional e ele vingou e floresceu por causa dos dons dele, seja de inteligência, quanto de poder espiritual, foi só uma história de contexto, mesmo. E o contexto me impressionava muito, quando já era pra ele ter sido parado muito antes e não foi porque ele tinha muitos aliados. Então a história também é como esse homem mediano e semianalfabeto e não particularmente inteligente, mas muito carismático, chegou aonde chegou. Daí você vai descobrindo que a coisa era mambembe mesmo, e os crimes não eram escondidos e tudo era circo de interior, que, por algum motivo, virou uma coisa mundial.
Você acha que é possível fazer alguma ponte com o atual momento, ainda mais dentro de uma perspectiva negacionista que vivemos?
Super. Super. Tem um conforto, eu acho, em você atribuir todo o poder por uma pessoa e dar todo o poder pra uma pessoa e se eximir de qualquer responsabilidade porque essa pessoa vai te salvar, né? Ou seja o mito que for. Seja o mito João de Deus ou o mito Jair Bolsonaro. Existe um conforto nisso, porque é a inação: você não precisa agir, você não precisa pensar, essa pessoa vai fazer tudo por você. O mundo não é complexo, o mundo passa a ser simples porque daí você vai obedecer as regras do mito que você escolhe, se o mito for o João de Deus então você não vai comer ovo, você não vai comer pimenta e você não trepar por 3 semanas e você vai ser curado de qualquer doença que você tenha. Não é mais simples do que de fato buscar um tratamento? É muito mais simples, e é reconfortante por ser mais simples.
Você acha que o jornalismo tem sofrido as consequências disso?
Claro, é o pensamento mágico. O pensamento mágico contradiz o pensamento lógico que é o que norteia a imprensa. Porque é isso, não vai ser fácil, a realidade nunca é fácil. A realidade não é uma resposta só escrita em pedra. A gente não sabe se a Suécia tá fazendo bem ou mal de adotar o tipo de não-isolamento social que eles adotaram para Covid-19. Daí daqui duas semanas a gente vai descobrir que é bom, daqui a três que é ruim, que a mortalidade lá foi maior, daqui a quatro é capaz que mude. A verdade nunca chega, não existe uma linha de chegada pra verdade. Enquanto o pensamento mágico tem verdades escritas em pedra, a lógica tá sempre aberta à contradição e à mudança.
E você acha que o jornalismo tem respondido bem?
Eu acho que a gente tá achando caminhos. Meio um editorial que saiu numa revista, acho que foi The Atlantic [revista norte-americana], que você não precisa dar o outro lado numa matéria jornalística quando o outro lado é fascista. Acho que a gente tá se adequando a novos tempos, porque por muito tempo foi “não, se vamos falar alguma coisa, precisamos dar o outro lado”, mas e quando o outro lado é uma mentira, o outro lado é “a pílula de farinha vai curar, o alho cru vai curar a doença”? E isso tudo é mentira, é mentira. Ponto. Você pode simplesmente dizer “essa pessoa está mentindo e propagando informações que podem matar outras”, sabe? Acho que é uma época decisiva, uma nova Idade Média que a gente vai ter que repensar em como se faz jornalismo, também. Acho que jornalismo vai ter que sair um pouco desse lugar em que ele passou muitas décadas, quatro décadas, da imparcialidade, ouvimos todos os lados, diferentes vozes e ficava em cima do muro. Ele vai ter que sair de cima do muro e dizer “não, nós defendemos direitos humanos e defendemos a democracia” ou o que quer que defenda, os valores que cada veículo defenda, porque tem alguns veículos que não defendem a democracia, nem os direitos humanos.
*É jornalista
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