\\ POEMÁRIO
Por Victor Hugo Gonçalves, Colaboração para Frente & Versos
“Constellation Awakening at Dawn”, Joan Miró
Mediocridade da vida, que se diz Tempo,
Empalideceu estrelas que, há muito,
Animavam a escuridão de minha galáxia
E guiavam-me entre apáticos universos.
Astro por astro, estrela por estrela…
Da resplandecente imensidão,
Atravessada de ardentes corpos celestes,
Restou-me a ausência de luminosidade.
De quando em quando, despontam no céu;
Cintilam com euforia, propagam feixes de utópicas
Alegrias e, sem anúncios, cessam seus formosos brilhos.
E a luz, outrora hóspede assídua, fez-se visita desinteressada.
Eu, também estrela, procuro o contentamento
Da solidão, compreendendo a arrogante efemeridade do infinito.
À estrela cadente, desejo que fique ao meu lado;
Pois em meu mundo, presencio apenas a vastidão do nada.
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