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O escritor e jornalista Ignácio de Loyola Brandão, 82, concedeu entrevista ao Frente&Versos, em seu apartamento em São Paulo.
Matheus Lopes Quirino*
O escritor e jornalista Ignácio de Loyola Brandão, 82, concedeu entrevista ao Frente&Versos, em seu apartamento em São Paulo. Eleito para a Academia Brasileira de Letras, Loyola tem no currículo sucessos de vendas no Brasil e no exterior como Zero (1974) e O menino que vendia palavras (2008), vencedor do Prêmio Jabuti. Em 2016 foi agraciado com o Prêmio Machado de Assis pelo conjunto de sua obra. Em 2018, foi publicado seu livro mais recente Nada desta terra vai sobrar a não ser o vento que sopra sobre ela. Neste bate papo, o escritor reflete sobre a conjuntura política do Brasil, os rumos da literatura e faz um passeio por sua trajetória, desde a meninice até se tornar imortal.
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Ocronista Ignácio de Loyola Brandão se mantém firme no oficio. Seguindo à risca as prescrições que demanda esta safra de escribas ao rés do chão, bom pedestre que é, Loyola passeia tranquilo pelos quarteirões do bairro de Pinheiros. E não é raro vê-lo conversando com transeuntes, tomando café na padaria, observando alguma delicadeza se desenrolar pelo seu caminho; dentro dos comércios, por trás das janelas, observando através de alguma bifurcação pelas ruas. Ele não dirige, prefere estar atento às vias, de fato. Anda de metrô, vai ao cinema no bairro da Consolação, na livraria Blooks e no Conjunto Nacional… Não para.
E quem olha este garoto de 82 anos se espevitando pelas ruas da metrópole mais agitada da América do Sul não imagina que, para além dos cabelos brancos e da agitação incomum para um octogenário, o escritor e autor de O homem que odiava as segundas-feiras – que faz 20 anos desde sua primeira publicação – tornou-se imortal.
“O que é imortal, vovô”, perguntou o netinho ao avô Ignácio, dia desses, logo após vir a novidade: Loyola havia sido escolhido, por unanimidade, para ser o titular da cadeira de número 11 – antes ocupada pelo sociólogo Hélio Jaguaribe, morto em 2018. Prestes a envergar o fardão da Academia Brasileira de Letras, cujo discurso está marcado para 18 de outubro, o vovô Loyola, dividindo o sofá com leões de pelúcia e caixas do Jogo da Vida, um tanto angustiado, refuta a tese do jovem repórter – de que ele tiraria de letra o texto do discurso –, “Não é fácil não preparar [o discurso], é como se fosse uma tese de mestrado sem orientador a ser apresentada lá [na ABL]”, disse Loyola a esta reportagem, logo no início da conversa.
Agraciado pelo conjunto de sua obra, o autor de Zero (Itália, 1974) e Bebel que a cidade comeu (1968) finalmente topou o desafio da candidatura que, há anos, o assombrava. “Era meio que uma unanimidade a escolha dele [Loyola] para esta vaga na Academia; não havia nenhum escritor do calibre dele para concorrer, eu inclusive o encorajei quando ele veio me perguntar o que achava, ele vinha se esquivando dessa [eleição], mas a hora era agora”, disse o Ubiratan Brasil, o Bira, primeiro leitor e companheiro de O Estado de S. Paulo, onde Loyola assina uma crônica quinzenal.
Escritor experiente, ele se acanha ao lembrar da árdua tarefa que terá de enfrentar para envergar o fardão de vez, “Tenho que falar um pouco da obra de cada um deles [os imortais que o antecederam] no discurso, que tem duração de uma hora. Pense bem, conheço muito da obra do Darcy [Ribeiro], do Celso Furtado, do Hélio [Jaguaribe], que eu conheci, e viveu até 95 anos”, mas esses são os acadêmicos mais famosos […], é necessária uma boa pesquisa, tive antecessores de peso”.
Da cadeira do Patrono e poeta Fagundes Varela (1841 – 1875), na Avenida Presidente Wilson, no Rio de Janeiro, ao sofá branco de seu apartamento em Pinheiros, São Paulo, Loyola recebeu esta reportagem às 17 horas da tarde de uma sexta-feira, depois da insistência do impetuoso repórter, tentando um horário na agenda, também imortal, do romancista. “Venha às cinco, não atrase, pois estou metódico para dar cabo de um livro que já era para estar pronto”, acertou o escritor, três horas antes do encontro.
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Recém-chegado de Araraquara, onde no domingo havia sido homenageado pelo Ferroviária, time da cidade, a semana do escritor foi agitada. Dias antes ele concedeu entrevistas às revistas Isto É e Cult, mas foi para esta publicação que Loyola exibiu a camisa onze do time, “Fui lá, dei o pontapé inicial, o primeiro e o único da minha vida”, contou, risonho, fazendo pose para a fotógrafa.
Mas sua relação com a ferrovia é de longa data. De família de ferroviários, avô, pai, tio, todos desempenharam funções sob os trilhos e ao seu redor. E não foi diferente com o hoje imortal. Embora tenha ele enveredado pelas palavras, nos trilhos, começou como crítico de cinema no jornal araraquarense Folha Ferroviária, tornando-se o primeiro jornalista a cobrir a sétima arte por aquelas bandas.
Cinéfilo confesso, desde a juventude batia ponto nos anfiteatros. “Eu queria a permanente [espécie de credencial concedida pelo cinema aos jornais], aí como estava publicando na Folha Ferroviária, o jornal ganhava uma, como o dono do jornal trabalhava de dia na ferrovia e só à noite ia para a redação, então pedi a permanente e ia todas as noites ao cinema”.
Em Araraquara, o jovem Ignácio destoava do rumo pacato do interior. Com pretensões para outros ares, ele e sua turma logo atravessariam a fronteira do provincianismo rumo à selva de pedra. E Loyola jura de pé junto que nunca se considerou um provinciano: “Não queria a mesmice. Meu pai trabalha das sete e meia da manhã até à noite. Todo dia ele fazia a mesma coisa. No jornal não. Cada dia era uma coisa, essa é a graça”.
Aventureiro, ele pertencia à turma “dos desvairados”. Lembrados com carinho pelo escritor, a exemplo, também da cidade do interior são o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Sydney Sanches e o dramaturgo José Celso Martinez Corrêa; “Esse era o meu grupo de Araraquara – tudo louco! Lá a gente nem namorava, éramos loucos, as meninas não queriam saber da gente, a gente fazia serenata, poema – menos eu –, mas a gente queria sair da cidade. Se namorasse ia ter que casar, e ficar…”.
E ele saiu.
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Ícone da cena literária da Paulicéia Desvairada, ele que vive em São Paulo desde os 21 anos e tem a cidade como seu assunto principal, Loyola começou uma crônica no extinto jornal Shopping News, sob o título de “São Paulo S.A”. Hoje, cronista do Caderno 2 do jornal O Estado de S. Paulo, Loyola coleciona causos impagáveis, lembrados por muitos leitores de sua coluna.
“A gente ia tomar café em uma padaria da João Moura, eu e um grupo de fotógrafos, isso há décadas, estávamos montando um mural, colocávamos fotos do pessoal que frequentava a padaria, virou uma febre, uma espécie de Instagram pré-histórico… foi uma brincadeira que durou uns meses, e o Ignácio entrou junto conosco”, contou a fotógrafa Ângela Di Sessa, acerca do episódio que viveu com o escritor no começo dos anos 2000.
“Depois as fotos eram devolvidas nas embalagens dos pães, até que um dia uma mulher colocou a foto do cachorro e o cachorro morreu, ele já era velho, lembro que foram duas fotos de animais, o outro também morreu, era um fox-paulistinha!, e foi um bafafá, daí o Ignácio escreveu uma crônica, ótima, aliás!”, contou a leitora de Ignácio, aos risos enquanto Inaugurava a sua exposição sobre imigração italiana no edifício Itália.
Já o Silvio Mieli, professor universitário, lembrou-se do episódio em que foi entrevistar o escritor, no então apartamento que ele residia na rua Ministro Rocha Azevedo, no bairro da Bela Vista, em 1985, “Para minha geração, que vem dos anos 1980, o Loyola era uma figura fundamental, cobria cultura no Última Hora, me lembro de ver uma palestra dele no Centro Cultural São Paulo, ele valorizava muito as linguagens, a palavra…”.
“Quando eu li O verde violentou o muro, aquele livro abriu meus horizontes, a escrita era muito diferente, saborosa, os capítulos eram curtos… ele estava em Berlim quando escreveu […], alguns anos depois eu viajei para Europa também, muito por causa deste livro, queria sentir uma experiência parecida”, contou o Fabio Marzolla, economista, também parte da geração leitora do escritor, na década de 1980.
“A gente ia tomar vinho no Pasquale, quando o lugar ainda era pequenino, o Pasquale pai, dono do restaurante, queria preservar a dimensão do lugar, era aconchegante, por isso ele não fazia anúncio… Até que um dia o Ignácio escreveu uma crônica descrevendo minuciosamente os pratos de lá, e ao final da crônica colocou que não poderia dar o endereço; mas quem frequentava, sabia! ”, relembrou a Ângela com água na boca.
Fã de boa gastronomia, Loyola tem uma porção de crônicas saborosas sobre o paladar e as comilanças. Ele até possui uma mesa no tradicional boteco paulistano Vianna, em Pinheiros. Quando este repórter lá estava, sob recomendação do escritor, pedi à garçonete a mesa do ‘Seu Loyola’. Aos salamaleques, ela apresentou, no canto, uma mesa redonda cuja foto do escritor estava dependurada na parede, ao fundo. “Ele vinha sempre aqui com a família, faz um tempinho que não os vejo, deve estar trabalhando muito, né? ”.
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Recém-chegado na capital, já amaciado pela redação da Folha Ferroviária, o jovem Ignácio passou a trabalhar na redação de Última Hora, de Samuel Wainer.
RelevO – O jornalismo foi seu Álibi?
Ignácio de Loyola Brandão – Pode-se dizer que sim. A minha coisa é escrever, isso que importa… Aos 21 vim para cá, comecei no Última Hora, passei por todas as funções, menos de diretor de Redação. De lá fui para Cláudia, depois para Planeta. Entre esses períodos fui para Itália, para Alemanha… voltei e fiquei fazendo frila. Viajei o Brasil inteirinho fazendo palestras. Com o jornalismo viajei o mundo; ainda viajo bastante…
Você sempre sonhou ser escritor?
Meu sonho era dirigir filme. Mas logo me afeiçoei às palavras, muito por causa da minha professora, a dona Lourdes, ela dizia “Meninos, inspiração não existe, você que faz”. É o seu olhar, seu ouvido, talvez o seu talento, se houver. Eu comecei como crítico de cinema, lia todos os críticos. Recortava e guardava tudo. Eu amava cinema como amo até hoje. Eu soube que o crítico de cinema não pagava cinema. E lá [Araraquara] havia três jornais. Eu comecei na Folha Ferroviária. Meu pai era ferroviário, meu tio também, todo mundo era ferroviário, menos eu.
Bem, e comecei justo no cinema… um dia vi um filme de Hollywood e fiz uma crítica. Meu amigo que sabia muito bem o português corrigiu a crítica, o professor de português corrigiu. Levei pro dono do jornal, que conhecia o meu pai da ferrovia, e ele publicou. Depois ele publicou a segundo, sobre Véu Azul (1951). Ele me chamava de Brandãozinho (risos); comecei a publicar no jornal aos 16, 17 anos…, ia ao cinema toda noite com a permanente da Folha Ferroviária. Meu salário era a permanente.
Loyola, qual é seu filme preferido?
Eu já vi mais de 130 vezes Oito e Meio, de Federico Fellini,(1963). A primeira vez que eu vi estava na Itália. Não sabia italiano. Entrei na sessão. Não entendi nada… E fui outra vez. Um dia comprei o roteiro. Li. Fui entendendo aos poucos o filme. Ele tem vários planos. São vários planos imaginados pela personagem do Marcello Mastroianni.
Foi na Itália que você escreveu Zero. Como foi o processo de escrita do livro?
Zero é uma distopia que levou dez anos para ser concluída. Bem, certa vez eu estava andando na Itália e observei um homem andando. Aí, do outro lado da rua havia uma senhora, enfim, vários personagens, várias histórias paralelas… daí as páginas divididas ao meio no Zero.
E os depoimentos do livro, você os inventou?
Todos os depoimentos de tortura do Zero são reais. Mas eu troquei todos os nomes. Obviamente. Na época [década de 1970] que houve a censura eu ia jogando as notícias cortadas todas em uma gaveta. Fiz isso por uns dois anos. E depois guardei comigo. Ia jogar no lixo e uma amiga falou “Isso é um romance”. E deu zero. Levou dez anos… Escrevi textos grandes e pequenos. Eu sabia que tinha na mão um material… Fiz cinco mil páginas datilografadas. Papéis de várias cores, tipos e tamanhos.
Na militância, você chegou a pegar em armas?
Eu não era de sair para a luta armada. Minha luta armada era, e continua sendo, o livro. Cada um reage da sua maneira. Eu vou para a literatura.
Pois bem, e nos anos de Chumbo, alicerçado pela literatura, você e a sua geração continuavam se defendendo – e atacando – pelas palavras?
Eu sou da geração de 1970, todos escreviam contra a ditadura. Essa geração se caracterizou por sair do padrão do “Escritor de escritório”. A minha geração começou a ser convidada por escolas, centros culturais, e aí viajamos pelo Brasil, de carro, ônibus, pegando carona, a pé; nós falamos em auditórios, teatros, salas, plataformas de estação, em porões de Igreja…
Você tinha uma fala eloquente nesses encontros?
Eu levava todas as matérias que tinham sido proibidas pela censura. Eu guardava todas as matérias. E eu lia. “Essas notícias vocês não viram”. Foi uma geração muito combativa
Hoje, como você analisa essa onda de militância virtual? Digo, muito se escreve e a literatura acaba se contaminando… Concorda?
Todos os grandes romances são políticos. Mas não adianta, nem tudo é boa literatura. Não dá para pensar no panfleto. Hoje na rede social tudo é panfleto. Eu leio muita coisa medíocre. Eu fico abismado, as pessoas não sabem colocar duas frases…
Isso está diretamente ligado à educação, não?
…Claro. Desde a ditadura o ensino virou uma ruína
E como você avalia a educação, mas não só ela, o governo como um todo…
Em 82 anos nunca vi um presidente tão despreparado, sem a mínima noção do que faz, sem noção do cargo, sem conseguir articular durante vinte minutos uma fala. Um homem sem cultura; ele nunca deve ter lido um livro. Foi levado pelo nada. Um capitãozinho do exército com três filhos. O Brasil tem cinco presidentes: Bolsonaro, os três filhos e o Olavo [de Carvalho, astrólogo]. Brasília é uma ilha. Tem um muro, e eles não enxergam a realidade. Se o Bolsonaro tiver dignidade ele deveria começar a pedir o boné. Um homem que diz ‘vamos voltar ao Brasil como há 50 anos atrás’, eu não quero voltar ao Brasil dessa época, eu não podia pegar na mão das meninas para namorar…
Me diga três palavras que resumem a educação no Brasil, hoje.
Franz Kafta, cidadões, conje…
O que te chateia na vida?
Gente chata me deixa de mau humor, papo cabeça então… principalmente quando vem um escritor querendo contar o livro inteiro… Dia desses fui a um vernissage de uma autora amiga na livraria Blooks da Frei Caneca, eu só queria tomar meu vinho… Aí chegou uma pessoa e começou a falar, falar… Nesses momentos minha mulher percebe e logo corta. Bem, não são muitas coisas que me deixam de mau humor. Mas tem mais algumas: atendimento ruim em restaurante é uma delas, aquele ventinho da janela do ônibus é outra…
Como você lida com o celular, é uma chateação a mais?
Infelizmente descobriram que eu tenho um celular. Comprei porque viajo muito e preciso me comunicar com o pessoal daqui de casa. Se não, não teria. Me mandam “Ah, você não olhou um negócio que eu te mandei no WhatsApp…”. Eu falo para me ligarem, para falarem comigo diretamente, eles têm meu telefone…
Você vende muitos livros ainda?
Vendi muito nos anos 1970, 1980, 1990, começo de 2000. Mas a cada ano que passa as pessoas leem menos… isso faz diferença na distribuição do trabalho de um escritor…
Sem contar o celular…
Como se consegue combater o celular? O mundo mudou muito, muito, muito. Ninguém sabe o que fazer com o mundo. Essa virada para a direita aconteceu. E ninguém sabe…
Sobra para a ficção, então? Em Não verás país nenhum (1981), veja que curioso, alguns dos seus leitores dizem que você previu um enredo parecido com o que estamos vivendo, concorda?
O protagonista do Não verás é um capitão do exército que carrega uma bolsa de colostomia pelo livro inteiro, existe a cidade gradeada, aquecimento global, a violência de São Paulo…eu inventei tudo, a vida copiou.
O que te faz imortal?
Imortal é porque vão falar de você um dia….
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Linha do tempo
1932 – Nasce o menino Ignácio de Loyola Brandão, na cidade de Araraquara, interior de São Paulo, filho do ferroviário Antônio Maria Brandão e Maria do Rosário Brandão.
1952 – Está publicando no jornal Folha Ferroviária.
1957 – Muda-se para São Paulo para trabalhar no jornal Última Hora.
1965 – Lança o livro de contos Depois do sol. Vira redator da revista Cláudia.
1968 – Lança seu primeiro romance Bebel que a cidade comeu
1974 – Zero é publicado na Itália.
1975 – Zero é publicado no Brasil.
1977 – Viaja à Cuba como júri do Prêmio Casa de Las Americas. A aventura na ilha de Fidel rende o livro-reportagem Cuba de Fidel: Viagem à Ilha Proibida (1978).
1981 – Publica Não verás país nenhum.
1981 – Viaja a Berlim, a convite da fundação cultural Deutscher Akademischer Austauschdienst, onde vive por 16 meses. De volta ao Brasil, publica Cabeças de Segunda-feira (1983), livro de contos, e O Verde Violentou o Muro (1984), baseado na experiência alemã.
1990 – Torna-se diretor de Redação da revista Vogue.
1993 – Começa a publicar crônicas no caderno Cidades do jornal O Estado de S. Paulo.
1999 – Publica O homem que odiava a segunda-feira.
2000 – Começa a publicar crônicas no Caderno 2 do jornal O Estado de S. Paulo.
2008 – Vence o prêmio Jabuti com o livro infantil O menino que vendia palavras.
2010 – Em dezembro, foi agraciado com a comenda da Ordem do Ipiranga pelo Governo do Estado de São Paulo.
2016 – Recebe o Prêmio Machado de Assis pelo conjunto da obra
2018 – Publica Nada desta terra vai sobrar a não ser o vento que sopra sobre ela.
2019 – É eleito para a Academia Brasileira de LeTRAS
*O perfil foi publicado na edição de julho do jornal RelevO, de Curitiba, sob o título de Ignácio de Loyola Brandão: camisa 11.
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